DOENÇAS

 
Com o crescimento constante do número de pessoas que adotam ou compram um animal de estimação, também se observa um aumento da conscientização da sociedade a respeito da maneira correta da criação.

A posse responsável é um conjunto de atitudes que o proprietário deverá ter no decorrer de toda a vida do animal: cuidados com a alimentação, vermifugação, vacinação, proteção contra ectoparasitas (pulgas e carrapatos), higiene, lazer, assistência veterinária, dentre outras. A posse Responsável é um direito assegurado pela Lei de posse Responsável.
Além de alimentar, o proprietário é o responsável pela saúde e bem estar do animal. Para isso é necessário que leve-o ao veterinário periodicamente, e fermifugue e vacine seu cão ou gato a fim de evitar diversos tipos de doenças.

Muitos animais adoecem e morrem devido à falta de cuidados básicos como higiene (livrá-los de infestações de pulgas e carrapatos),  vacinação e vermifugações periódicas.
O carrapato transmite doenças que podem ser fatais (erlichiose e babesiose)  que se não tratadas, o animal pode vir a óbito em um período muito rápido de tempo, além de anemias profundas debilitando bastant e o animal. A erlichiose provoca danos renais e hepáticos ao cão e a babesiose é causada por um protozoário chamado Babesia spp, que habita dentro das hemácias, causando uma anemia crônica.

As pulgas podem causar sérios transtornos como por exemplo: Anemia (em grandes infestações), Dirofilariose (causada por um verme, Dirophilaria imitans, transmitido pela picada da pulga, que ataca o coração do animal e humanos), DAAP (alergia a picada de pulga), etc.
A vermífugação inicial e periódica é muito importante a fim de evitar inúmeras verminoses, que além de trazerem sérios danos a saúde do animal (anemia, perda do apetite, etc) podem representar perigo aos seres humanos, por se tratarem de zoonozes (bicho geográfico, giardíase, etc).

A vacinação dos cães protege contra diversas doenças como a Cinomose, Hepatite Infecciosa, Leptospirose (4 diferentes sorovares), Parainfluenza, Coronavirose, Parvovirose e Raiva, e a vacinação dos gatos protege contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicevirose, Clamidiose, Leucemia Felina e Raiva.

O termo mais usado para proprietários que permitem que o animal adoeça por falta de cuidados é Negligência. Devemos lembrar que maus tratos contra animais dá cadeia: com pena de 3 meses a 1 ano de detenção e multa (Lei 9605/98).

Cuidados básicos
Após a retirada do filhote/adulto levá-lo a uma clínica veterinária, para vacinação complementar;
Vermifugação:
Vermifugar a cada 04 (quatro) meses, pesando o animal antes para a proporção do medicamento, sempre com a prescrição do Médico Veterinário;
A primeira, e as posteriores vermifugaçôes do filhote deverâo ser da seguinte maneira:
1ª dose: aos 45 dias de idade
2ª dose: 15 dias depois da 1ª
3ª dose: 21 dias depois da 1ª

Vacinação:
Cães:
40 dias de vida: 1.ª dose da múltipla (déctupla ou óctupla);
70 dias de vida: 2.ª dose da múltipla (déctupla ou óctupla);
100 dias de vida: 3.ª dose da múltipla (déctupla ou óctupla);
130 dias de vida: 4.ª dose da múltipla (déctupla ou óctupla) +  (Tosse dos canis);
180 dias de vida: vacina anti-rábica + Giárdia;

Após 1 ano de vida:
Anualmente: uma dose da múltipla (déctupla ou óctupla) + (Tosse dos canis) + Giárdia + anti-rábica;
Semestralmente: aplicar a vacina contra lepitospirose.
Gatos:
60 dias de vida: 1.ª dose da múltipla (tríplice ou quíntupla);
80 dias de vida: 2.ª dose da múltipla (tríplice ou quíntupla);
120 dias de vida: 3.ª dose da múltipla (tríplice ou quíntupla) + anti-rábica.
Após 1 ano de vida:
Anualmente: uma dose da múltipla (tríplice) + anti-rábica;

Importante: não vacine o seu cão ou gato se ele estiver doente ou debilitado.
Consulte o médico veterinário;

Cuidados gerais:

Aplicar antipulga/carrapaticida pelo menos a cada 02(dois) meses, não escovar ou dar banhos três dias antes ou após a aplicação;
Alimentação: a ração deve ser fornecida 03 a 04 vezes ao dia até os 06 meses de idade. Após seis meses, 02 vezes ao dia;
Usar comedouro limpo para água, sempre com água fresca e filtrada à vontade;

Higiene:
Banhos semanais no verão e quinzenais no inverno (preferencialmente com água morna), usando xampu apropriado;
Limpar os ouvidos semanalmente (cuidado para não introduzir objetos que podem perfurar o tímpano de seu animal!);
Escovar os dentes no mínimo duas vezes por semana, a partir dos 04 meses;
Limpar os olhos no mínimo semanalmente <SORO FISIOLÓGICO>
Cortar as unhas quando necessário cuidado para não cortar algum vaso capilar da pata do seu animal pois sangra muito!);
Lavar o comedouro sempre após as refeições;
Lavar o ambiente com detergente veterinário;
Aplicação preventiva no ambiente contra carrapatos, pulgas e sarna – retirar o animal do local durante a aplicação <TRIATOX> a cada 15 ou 30 dias;
Escovar os pelos no mínimo semanalmente;
Não é recomendável que o filhote até 06(seis) meses suba escadas;
Oferecer ossinhos de couro comestíveis e brinquedos de morder;
Leve seu cão/gato para passear apenas depois de todas as vacinas (consulte Médico Veterinário).

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TVT-TUMOR DE STICKER
O tumor venéreo transmissível (TVT) é considerado uma neoplasia própria da espécie canina, sendo de apresentação extremamente rara em gatas. Indicado em 1820 por Huzard, foi consagrado em 1904 por Sticker que o identificou como um sarcoma ou linfossarcoma, resultando na denominação de sarcoma de Sticker.
De distribuição mundial, aparece com maior frequência em regiões tropicais, sendo sua forma de transmissão pelo coito ou pelo acto de um cão susceptível lamber ou cheirar a genitália de outro infectado. As lesões se apresentam únicar ou múltiplas, nodulares ou lobulares, pedunculadas ou em massa com aspecto de couve-flor. Caracteriza-se por ser predominantemente da genitália externa, podendo atingir suas regiões adjacentes; citações relatam, porém, sua ocorrência extragenital, de aspecto primário ou metastático, como no encéfalo, vértebras, linfonodos, pulmões, pele, coração, cavidade nasal, globo ocular, fígado, pâncreas, baço, mucosa bucal, cérvix, útero e oviduto.
Os sinais são evidenciados pelo aspecto tumoral bem como pela presença de descargas serosas ou sanguíneas, redução da micção e odor desagradável, podendo estar associado com infecção secundária; seu diagnóstico é baseado no histórico, exame clínico e confirmado pelo exame citológico.
Vários procedimentos terapêuticos são indicados, entre os quais podemos citar a radioterapia, imunoterapia e a quimioterapia, sendo esta última freqüentemente citada na utilização do sulfato de vincristina. É observada também a exerese cirúrgica que foi durante muito tempo a única possibilidade terapêutica para esta patologia.
A Homeopatia, surgida em 1796 e baseada na lei dos semelhantes, é indicada, em inúmeras referências, como terapêutica em neoplasias, sendo o medicamento Thuya occidentalis, fortemente citado para ser empregado neste caso. Este medicamento , com origem no Canadá e na região da Virgínia (EUA), pertence à família das coníferas e possui ação em inúmeras patologias, apresentando inclusive, ação antibacteriana.
A apresentação de um caso de tumor venéreo transmissível em um cão, fêmea, e sua terapêutica baseada na utilização da Homeopatia e Quimioterapia visa, principalmente, mostrar ao clínico veterinário a ação das mesmas na patologia em discussão bem como seus aspectos hematológicos.

O que é?

O sarcoma de Sticker é um tumor que afecta cães adultos e que, ao contrário de outros tumores, se transmite através do contacto entre cães. Ocorre em animais que não estão castrados/esterilizados, principalmente os que saem à rua sem a vigilância do dono e em animais errantes.

Onde se localiza?
Atinge os cães na zona do pénis/prepúcio e as cadelas na vagina, podendo surgir por vezes noutras mucosas (nariz). O contágio faz-se maioritariamente por contacto sexual mas também pode acontecer quando os cães farejam e lambem a área genital de outro cão afectado ou por mordeduras.

Sinais

Os sinais aos quais o dono deve estar atento são:
Arrow Corrimento sanguinolento no pénis ou vagina
Arrow Urina com sangue
Arrow Inchaços na zona da vagina ou do pénis
Arrow Nódulos avermelhados com aspecto de couve-flor na zona genital


Tratamento:

Para tratar o tumor venéreo transmissível usa-se a quimioterapia durante algumas semanas (4 a 6) que geralmente produz bons resultados, levando à cura completa do animal. Nalguns casos pode ser necessária cirurgia.

Prevenção:

A melhor prevenção para este tumor é não permitir que os cães/cadelas cruzem sem controlo, visto que a transmissão se faz por via sexual. Quando é diagnosticado em animais reprodutores estes devem ser retirados da reprodução até estarem totalmente curados. No caso de animais que não se destinam à reprodução a castração/esterilização é a melhor forma de evitar o cruzamento indesejável e os incómodo s das saídas não supervisionadas pelos donos.

Transmissão em seres humanos

Os tumores encontrados nos diabos-da-tasmânia e nos cães não são acontecimentos isolados. Hamsters também têm um tipo de tumor similar, que pode inclusive ser transmitido entre indivíduos por mosquitos. Não há ocorrências desse tipo relatadas em seres humanos. Os episódios que mais se aproximam dessa forma de transmissão de tumores talvez sejam casos clínicos nos quais alguns tipos de câncer foram transmitidos entre pacientes por meio de órgãos transplantados.

O estudo desses tipos de tumores pode lançar luz sobre vários aspectos da biologia do câncer. Um dos desafios para a ciência atual é entender as razões e os mecanismos que levam uma ou mais células, antes dedicadas ao bem-estar e ao altruísmo de uma vida multicelular, a se ‘aventurarem’ pelos caminhos de um a vida parasitária.


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CINOMOSE CANINA

Enfermidade infecto contagiosa, que afeta só os cães entre os animais domésticos. Causada por um vírus , sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido; muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns. Não escolhe sexo ou raça, nem a época do ano. Ocorre mais em jovens,mas animais idosos também podem se contaminar se não vacinados.
Se infectam (contaminam) por contato direto ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado. Essa transmissão é por secreções do nariz e boca de animais infectados (espirros e gotículas que saem do nariz quando se respira) é a principal fonte de infecção. O animal doente espirra e contamina o ambiente e os animais que estejam perto. Inclusive, se tiver um ser humano por perto, o vírus pode ser carregado até um animal sadio por ele.
O animal pode se contaminar pela via respiratória ou por via digestiva, por contato direto ou fômites ( pode ser um objeto ou um ser humano, por exemplo, que carregam o vírus na roupa, nos sapatos) , água e alimentos contaminados por secreções de cães doentes.
 Virus da CinomoseApós o animal ser infectado, ocorre o período de incubação do vírus (digamos que seja o período que ocorre entre o vírus entrar no corpo e o corpo começar a manifestar os sintomas da doença) por 3 a 6 dias , ou até 15 dias, e depois disso a temperatura pode chegar a 41§C, haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal . Este estado dura mais ou menos 1 a 2 dias. Depois se segue um período de 2 a 3 dias, as vezes meses, em que parece que tudo volta ao normal. Depois disso pode ser que apareçam os sinais e sintomas típicos da cinomose.
Pode haver sintomas digestivos (diarréia e vômito), respiratórios (corrimento nasal e ocular) ou nervosos ( tiques nervosos, convulsões, paralisias, etc) ou haver associação deles.

O animal pode morrer tendo desenvolvido só uma das fases da doença ou sobreviver desenvolvendo todas, podem desenvolver cada tipo de sintoma aos poucos ou todos juntos.
Normalmente os primeiros sintomas da 2§ fase são febre , falta de apetite, vômitos, diarréia, dificuldade para respirar. Depois conjuntivite com secreção , corrimento nasal, com crostas no focinho, e pneumonia. Pode se seguir por 1 a 2 semanas e daí aparecerem os sintomas nervosos, tiques nervosos, depois sintomas de lesões no cérebro e medula espinhal. Em uns, por inflamação no cérebro, os animais ficam agressivos, não conseguem as vezes reconhecer seu dono, ou em outros, ocorre paralisia dos músculos da face em que o animal não consegue abrir a boca nem para tomar água, apatia profunda; por lesões no cérebro e na medula espinhal, andar cambaleante, paralisia no quarto posterior ('descadeirado'). Dificilmente os sintomas são estacionários (vão piorando sempre, de maneira lenta ou rápida).
É de difícil tratamento, dependendo quase exclusivamente do cão sua sobrevivência ou não. Digo quase exclusivamente, porque o veterinário pode ajudar eliminando coisas que podem atrapalhar sua "guerra" com a doença, como as infecções que ele pode ter por fraqueza, aconselhar a alimentação correta, receitar medicamentos que ajudem a combater as inflamações no cérebro, receitar uma medicação que tente aumentar sua resistência, etc.
Sua evolução é imprevisível, ou seja, quando o cão adoece, não há como saber se ele vai se salvar ou não, ou se a morte vai ser rápida ou lenta.
A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.

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PARVOVIROSE CANINA-PARVOVÍRUS 

Trata-se de uma doença viral de cães, que foi reconhecida em 1978, caracterizada por diarreia hemorrágica severa e vômitos. Ela é causada por Parvovírus e se manifesta de duas formas: entérica e miocárdica. A forma entérica é mais conhecida, devido ao fato de mostrar sinais clínicos evidentes, enquanto a forma miocárdica é diagnosticada após a morte, pois os animais morrem subitamente, sem manifestar sintomas.


Forma entérica

A doença causa uma enterite grave, altamente contagiosa e, às vezes, hemorrágica em filhotes com mais de três semanas de idade. Quando acometidos, os animais apresentam vômitos abundantes e, depois, diarreia. Na maioria dos casos, há desidratação e morte no período de 24 a 48 hora s após o surgimento dos sinais clínicos, que geralmente surgem 2 a 4 dias após a infecção. Nas fases iniciais da doença, há a presença do vírus no sangue, conhecida como viremia, antes da gastroenterite e o animal pode ficar com a temperatura alta. Na fase viremica, observa-se uma profunda redução de leucócitos no sangue, especialmente os linfócitos. Essa redução de leucócitos chama-se leucopenia e das linfócitos, por sua vez, chama-se linfopenia.

Devido à infecção secundária por bactérias, a leucopenia transforma-se em leucocitose, ou seja, o número de leucócitos no sangue aumenta rapidamente, à medida que os sinais clínicos se manifestam. Grandes quantidades de vírus são expelidas nas fezes, durante a fase clínica da doença, que dura cerca de 4 a 10 dias após a infecção. A fase de eliminação do vírus não é longa, dura cerca de 10 a 14 dias.

Não são encontrados animais com eliminação crônica. Geralmente, a tem peratura volta ao normal, à medida que a doença evolui, e torna-se subnormal, causando um choque no animal e, por conseguinte, sua morte.

Na recuperação, os sintomas regridem progressivamente entre 5 e 10 dias após o surgimento. No entanto, é possível que os cães recuperados possam ser acometidos pela forma miocárdica com mais idade, e vice-versa, devido às lesões iniciais causadas no músculo do coração.


Forma miocárdica

Nessa forma, há uma inflamação no miocárdio dos filhotes afetados, seguida da degeneração do músculo cardíaco. Vale lembrar que essa inflamação raramente ocorre em cães adultos. Os filhotes aparentemente sadios morrem de forma súbita ou após momentos de angústia. Eles sofrem um edema pulmonar, em virtude da falha cardíaca. Os cães que são afetados, mas não morrem subitamente apresentam cardiomegalia, isto é, o tamanho do coração aumenta em proporções anormais.

Não se sabe a origem da doença, nem por que surgiu em vários lugares do mundo simult aneamente, mas sugere-se que seja mutante de uma linhagem da panleucopenia felina, devido à semelhança antigênica com esse vírus.

A principal fonte de infecção da Parvovirose canina são fezes contaminadas. A transmissão ocorre principalmente através da via fecal-oral.

Após a inoculação, o vírus afeta os linfonodos da faringe e amígdalas. A partir daí, atinge a corrente sanguínea e, por conseguinte, tecidos de vários órgãos do corpo, entre eles o timo, o baço, a medula óssea, os pulmões, o miocárdio, o jejuno distal e, por fim, o íleo, no qual ele continua se replicando, o que causa necrose das criptas do epitélio do intestino delgado, além da possível destruição das vilosidades.

O vírus pode causar também lesões em outros órgãos que invade, podendo causar redução de linfócitos na medula óssea, inflamação no músculo cardíac o e faringite.


Diagnóstico

Embora sejam caracterí sticas da infecção, as alterações nos tecidos dos animais acometidos pelo vírus só podem ser usadas para confirmação em exames feitos após a morte.

O exame de imunofluorescência direta em esfregaços de intestino e o isolamento do vírus também têm sido empregados. A sorologia, empregando os métodos de inibição da hemaglutinação e soroneutralização podem ser usados mas, por si só, não são conclusivos, pois os títulos de HI e SN podem ser elevados pela vacinação em adição à exposição natural. Somente a detecção do vírus nas fezes através das técnicas de diagnóstico como hemaglutinação, microscopia eletrônica, Elisa e isolamento viral ou a demonstração de anticorpos IgM no soro confirmam positivamente a infecção aguda.

Combate ao vírus

Tendo em vista que o vírus é muito resistente, quando o local é contaminado, é muito difícil eliminar o vírus. Ele é capaz de sobreviver por mais de 6 mes es, em condições ideais de temperatura e umidade do meio ambiente. A melhor maneira de eliminar o vírus é usar Formalina a 1% ou de hipoclorito de sódio a 5,25%, diluído na proporção de 1:30 em água.

O contato do animal suscetível com o animal acometido pelo vírus e suas respectivas fezes deve ser evitado.

Prevenção

A maneira mais eficaz de controlar o vírus é promover a imunização em larga escala, a fim de que as vacinas não protejam somente o indivíduo e, sim, a população como um todo, tendo em vista que é provável que o Parvovírus canino continue circulando pelo ambiente. Logo, o programa de vacinação deve incluir a imunização contra Parvovirose.

Convém ressaltar o papel dos anticorpos maternos e sua influência na vacinação, em se tratando da proteção dos filhotes.

Os níveis de anticorpos mater nos nos filhotes, adquiridos na primeira amamentação, variam de acordo com o s níveis encontrados na cadela, ou seja, quanto maior for o nível de anticorpos na cadela, maior será a quantidade encontrada nos filhotes e, por conseguinte, sua imunidade será mais duradoura. Contudo, como o nível varia, a duração da imunidade também pode sofrer variação. Há filhotes com 6 semanas de idade que já não possuem anticorpos e, no entanto, filhotes com aproximadamente 18 semanas que mantiveram seus níveis. Se o animal for vacinado e ainda apresentar títulos de anticorpos, esses vão inutilizar a vacina.

Portanto, para se certificar de que a imunização é eficiente, o protocolo de vacinação contra a Parvovirose canina deve ser iniciado entre 6 e 8 semanas de idade, com repetição em intervalos de 3 a 4 semanas, terminando entre 12 a 16 semanas. Convém lembrar que esse procedimento deve ser feito anualmente.

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PIOMETRA




Piometra é uma doença causada por um infecção bacteriana dentro do útero de cadelas e gatas. Ocorre geralmente durante o diestro, fase do ciclo ovariano dominada pela hormônio progesterona. A progesterona é o hormônio feminino que atua para manter a prenhez, e portando todas as cadelas normais estão naturalmente expostas a concentrações altas de progesterona 9-12 semanas após o estro ("cio"). Tal hormônio mantém o crescimento endometrial e a secreção glandular e ao mesmo tempo suprime a atividade do miométrio permitindo acúmulo de secreções glandulares uterinas, tais secreções proporcionam um excelente ambiente para o crescimento bacteriano. As infecções bacterianas associadas a piometra são causadas por bactérias normais da vagina. Portanto a piometra resulta da combinação da fase ovariana (progesterona) do ciclo estral com um endométrio anormal que permite um crescimento excessivo de bacterias que normalmente não estão presentes no útero.

Uma incidência aumentada de piometra está associada com a administração de estrógeno para evitar gravidez indesejadas, e por isso seu usoé contra-indicado. A administração de progesterona em gatas também pode desencadear piometra.
Pode ocorrer duas formas de piometra:
  • Piometra de cérvix aberta: ocorre corrimento vaginal através da cérvix, que pode ser sanguinolento a mucopurulento (mal cheiroso e com cor de pús), e em geral é observado de 4 a 8 semanas após o término do estro ("cio").
  • Piometra de cérvix fechada: sem presença corrimento vaginal. Forma mais grave da doença, pois algumas fêmeas afetadas ficam doentes antes dos proprietários perceberam que existe um problema. Por não haver drenagem do conteúdo uterino, pode haver rompimento, com extravasamento de conteúdo pra dentro do abdomen, levando a um quadro de peritonite, com risco de vida.
Além do corrimento vaginal, os sinais clínicos clássicos de piometra são perda de apetite de parcial a completa, febre, letargia, perda de peso, aumento de volume abdomonal, animal com aspecto descuidado, vômito, diarréia, aumento no consumo de água e quantidade de urina.
O diagnóstico da piometra é feito baseado na história, sinais clínicos e resultados de exames laboratoriais e de imagem. O resultado do hemograma geralmente é compatível com infecção (aumento de células de defesa) podendo revelar anemia em casos crônicos. Nos exames bioquímicos de função renal e hepática podem indicar envolvimento destes órgãos, principalmente alteração renal causado principalmente pela liberação de toxinas pelas bactérias do útero. Radiografia e ultra sonografia abdominais também são importantes na confirmação do diagnóstico.
O tratamento da piometra deve ser imediato e agressivo pois se trata de uma doença portencialmente fatal. Após estabilização da cadela ou gata com fluídos intravenosos e antibióticos, o tratamento definitivo pode ser efetuado. A cirurgia de ovariohisterectomia (remoção de útero e ovários) é o tratamento de escolha, sendo o mais seguro e eficaz, pois remove imediatamente a fonte do problema. A opção de tratamento clínico pode ser cogitado no caso de fêmeas com idade inferior a 6 anos e alto valor reprodutivo, que não esteja gravemente doente e que apresentem quadro de piometra aberta. Trata-se de um tratamento caro, feito com uso de drogas injetáveis (que estimulam esvaziando de conteúdo uterino) e acompanhamento constante do veterinário com auxilio de exames de sangue e ultra-sonografia, até alta clínica que pode levar dias.
O método mais seguro de prevenir piometra, é através da castração eletiva, principalmente no animal jovem. Pois assim o útero ainda não foi exposto a ação hormonal, e a remoção de ovários e utero evitará exposição futura. Também não de deve utilizar medicação hormonal para evitar cios e gestação em cadelas e gatas não castradas.

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TOSSE DE CANIS

Traqueobronquite infecciosa e uma enfermidade de cães que ataca o sistema respiratório dos animais produzindo crises de tosse deixando os proprietários com a impressão de que estão com algo trancado na garganta.

Trata-se de uma doença que aparece sem avisar não proporcionando ao proprietário indicio nenhum do problema antes dele se instalar. Pode atingir animais de diferentes faixas de idade, tendo como característica episódios de tosse associados a dificuldade respiratória em menor ou maior intensidade.
Os agentes causadores desta doença são:
Adenovirus tipo 2
Parainfluenza vírus
Bordetela bronchiseptica
Os animais mais susceptíveis a Tosse dos Canis são os filhotes recém desmamados, dentre os adultos os debilitados pôr outras doenças, como verminoses, submetidos a STRESS viagens longas confinamentos em clinicas, hotéis, caixas em exposições, alimentações inadequadas, anemias etc...
A doença e altamente transmissível pôr aerossóis (pequenas gotas eliminadas pêlos espirros) e os animais apresentam os primeiros sintomas entre 3 a 10 dias após a infecção podendo persistir com os sintomas 3 a 4 semanas.
A Bordetelose pode atingir 15 espécies animais diferentes dentre elas o próprio homem. Pôr este motivo o controle desta doença é importante para a saúde dos animais proprietários e veterinários.
Fatores ambientais como, produtos de limpeza a base de formol, poeira, alterações bruscas de temperatura também podem predispor os animais a crises de tosse favorecendo a penetração de microorganismos da tosse dos canis.
A irritação das narinas podem facilitar a penetração dos micróbios existentes no chão, na terra e complicar produzindo uma secreção purulenta pelo nariz. Nestes casos se faz necessário a aplicação de antibióticos, principalmente quando estes animais apresentarem falta de apetite, febre, apatia e perda de peso.
Recomenda-se a imunização dos filhotes através do uso de vacinas intranasais a partir de 8 semanas de idade com revacinação anual.
As vacinas injetáveis disponíveis hoje no mercado, alem de não oferecerem proteção contra o Adenovirus tipo 2 sabidamente não apresentam papel importante na proteção das mucosas nasais dos animais.
Além disso necessitam a aplicação de 2 doses com intervalo de 15 dias para que produzam o efeito desejado.
Ultimamente tenho atendido em media 2 casos ao dia em minha clinica isto da uma idéia da dimensão deste problema que vem acontecendo coincidentemente a queda de temperatura.
Quem tem o seu pet de estimação ou tem criação deve se atentar a esta doença que veio para ficar infelizmente, procurando adotar como rotina a vacinação anual de seus animais.
Dr. Antonio Carlos Uhr
Médico Veterinário
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DIABETES EM CÃES E GATOS







Caes  não absorção da glicose faz com que o "centro da fome" não fique saciado. Assim, a polifagia (consumo exagerado de alimento) é um sinal característico no animal diabético. Não absorvendo a glicose do sangue, o organismo passa a requerer energia de outras fontes. Para isso, músculos e gordura são utilizados, causando o emagrecimento progressivo do animal num estado mais avançado da doença.
A catarata é outro sinal clínico que pode indicar diabete no animal, mesmo que ele não tenha outros sintomas evidentes associados. Existem outras causas para a catarata. Nem todo animal com catarata é diabético.
Como diagnosticar? Animais que bebem muita água e urinam muito, comem exageradamente, apresentam emagrecimento e sinais de catarata, são suspeitos de diabete. Para se comprovar o diagnóstico são feitos exames complementares que incluem: exame de urina e exame de sangue com dosagem de glicose (glicemia).
Se diagnosticada a doença, o tratamento mais comum é a aplicação de insulina diariamente. Na maioria das vezes, o proprietário aprende a aplicar a insulina e o faz em casa. Um controle periódico da glicose na urina (glucosúria) é necessário. O dono do cão pode faz isso em casa através de uma fita de exame molhada na urina do cão (glicofita). O controle de glicose no sangue é feito na clínica veterinária através de exames de sangue.
As causas da diabete podem incluir a obesidade e a pancreatite (inflamação no pâncreas, órgão produtor da insulina). A doença é muito mais frequente em animais idosos do que em jovens. Em gatos, a diabete é bem mais rara do que no cão.

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LEUCEMIA FELINA
A Leucemia felina é uma doença causada pelo vírus FeLV (Feline leukemia virus) que compromete as defesas imunológicas dos gatos domésticos e felídeos selvagens. Com o vírus o animal fica exposto a doenças infecciosas, lesões na pele, anemias, retardo na cicatrização de feridas e problemas reprodutivos e mais suceptíveis à d esenvolver tumores. Geralmente o animal morre com estes sintomas.
Animais infectados têm reduzida a vida, pois a doença não tem cura. Existe uma vacina contra o vírus mas sua eficácia não é comprovada. A infecção se dá através da saliva, urina e fezes de animais infectados, portanto o simples fato de dividir a mesma tigela de água com um gato contaminado é suficiente para infectar um gato sadio. Gatas prenhas podem transmitir o vírus através da placenta ou do leite para seus filhotes.
Classificação do vírus:
Família Retroviridae
Gênero Gammaretrovirus njnj
Espécie Feline leukemia virus
Seis passos da infecção pelo FeLV:
O vírus entra no organismo do gato, geralmente pela faringe onde infecta linfócitos B e macrófagos que serão filtrados pelos linfonodos e começam a se replicar.
O vírus atinge a corrente sanguínea e se distribui pelo corpo. 
  1. Infecção do sistema linfático.
  2. Atuação do vírus sobre o sistema imune.
  3. Infecção da medula óssea. Nesta fase o vírus se replica e infecta linfócitos, neutrófilos e eosinófilos formados na medula.
  4. Presença do vírus nas mucosas, nos tecidos epiteliais, nas glândulas salivares e outros órgãos.
  5. A leucemia felina, não é igual à leucemia humana e não é contagiosa para o ser humano, transmitindo-se somente de gato para gato, pela saliva ou pelo sangue. Os gatos vacinados contra a leucemia estão protegidos em 95% dos casos. Castrando um animal, diminui-se a probabilidade de contaminação, já que o animal tende a permanecer mais em casa e não ter contato com outros gatos, deixando a chance de se infectar quase nula.
A leucemia felina é uma doença desconhecida por muitos veterinários, que, ao não saber como tratá-la, recomendam eutanasia do animal. Inicialmente, essa doença se manifesta pela perda parcial da defesa imunológica do gato portador. Porém, trata-se deuma doença degenerativa, cuja gravidade vai avançando, diminuindo assim vida do bichano em alguns anos. Tratamentos podem abrandar os problemas, sobretudo se o gato viver em boas condições, uma vez que, devido à baixa imunidade, qualquer pequena doença pode ser altamente perigosa para o animal.
Durante o tempo em que está em um estado crítico, o gato necessita de cuidados e boa alimentação, acompanhado por veterinários, do uso do interferon e outros complementos que o ajudem a ter defesas mais fortes.
A leucemia felina "terminal", ocorre quando a doença atinge a medula óssea, anulando totalmente a produção de glóbulos brancos para a sua defesa; quando esta ocorre, o animal começa a ter a sua saúde deteriorada rapidamente e passa a sofrer fortes dores, de forma que o eutanasia é a única solução.

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AIDS FELINA
Aids felina PDF Imprimir E-mail
O vírus da imunodeficiência felina (FIV) pertence ao gênero do lentivirus, da família do retrovirus, o mesmo da aids humana. Por este motivo o problema é conhecido como aids felina. A doença é grave e normalmente detectada em estágio avançado. Os únicos atingidos são os felinos, não havendo transmissão para o homem ou animais de outras espécies.
A transmissão acontece pela saliva do gato e de mãe para filhote, durante a gestação ou na amamentação. A veterinária Flávia Lourenço conta que é comum os animais se infectarem em brigas, por conta de arranhões e mordidas. Os gatos também podem adquirir a doença no contato com potes de comida e água, já que o vírus está presente na saliva. A transmissão intra-uterina pode acarretar em aborto ou no nascimento de filhotes portadores do vírus.
Assim como acontece com o homem, os bichanos podem ser portadores do vírus e nunca apresentarem sintomas. Estes serão apenas transmissores da doença. A destruição das células de defesa do organismo pode acontecer durante anos até atingir a imunodepressão, que é a última fase da FIV. A castração é um dos poucos recursos que podem ajudar a evitar a disseminação do problema, pois impede a procriação de filhotes soropositivos e deixa os machos mais calmos e caseiros, minimizando as brigas.
Os gatos costumam apresentar sintomas de enfermidades tardiamente. Segundo Flávia, os indícios da aid’s felina costumam ser os mesmos de problemas corriqueiros, a diferença está na dificuldade de eliminá-los. Letargia, perda de peso, falta de apetite, febre, infecções na pele, conjuntivite, gengivite severa e alterações neurológicas tornam-se frequentes, o que é um sinal da presença da síndrome da imunodeficiência adquirida. Geralmente o diagnóstico também é tardio, pois “nenhum proprietário faz inúmeros exames em um animal aparentemente saudável. Na maioria dos casos, pelo fato da doença já estar em estágio avançado, os gatos não respondem ao tratamento e pioram rapidamente”, esclarece a especialista.
A comprovação do problema é feita através do exame de sangue específico. Ainda não há vacina disponível no Brasil, portanto o tratamento é sintomático, ou seja, realizado através do combate aos sintomas apresentados. “A FIV é uma doença grave e provavelmente vai levar o animal ao óbito. Quando identificada no início, o que é muito improvável, o tempo de vida ainda pode ser maior”, explica a veterinária, acrescentando que em alguns casos a eutanásia pode ser necessária por conta do grande sofrimento.
O dia-a-dia do gato contaminado não precisa ser muito modificado. Não é necessário isolá-lo, caso ele conviva com outros da casa, pois como a doença demora a se manifestar, muito provavelmente todos já estarão com o vírus. “Se for separado ele pode até entrar em depressão”, alerta Flávia. Ela orienta apenas a não intro duzir novos bichanos ao gatil e a não permitir que o soropositivo vá para a rua. Além de oferecer um local confortável para o gato, o dono deve observar sempre se o bicho está se alimentando bem.